A educação para obter um ensino mais eficiente aperfeiçoou novas
técnicas didáticas consistindo numa prática inovadora e prazerosa.
Dentre essas técnicas temos o lúdico, um recurso didático dinâmico que
garante resultados eficazes na educação, apesar de exigir extremo
planejamento e cuidado na execução da atividade elaborada. O jogo é a
atividade lúdica mais trabalhada pelos professores atualmente, pois ele
estimula as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em
tudo que esteja realizando de forma significativa. Através do lúdico o
educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que
sobretudo ensine os alunos a discernir valores ético s e morais,
formando cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas
responsabilidades, além de propiciar situações em que haja uma interação
maior entre os alunos e o professor numa aula diferente e criativa, sem ser rotineira. Palavras Chaves: educação, ensino, lúdico, jogo, dinâmico, educador, valores.
A princípio, a explanação desse trabalho tem como objetivo mostrar a
importância de se trabalhar o lúdico na esfera escolar para a obtenção
de qualidade no processo educacional. E para que essa aprendizagem
aconteça de forma significativa e dinâmica, o professor tem como apoio a
técnica dos jogos.
São muitos os estudiosos do assunto, e para este trabalho foram
consultados autores que relatam a importância do lúdico e do uso dos
jogos em atividades didáticas para fundamentar ainda mais os pontos
principais e melhor afirmar o que foi explanado, são eles: Airton
Negrine, Celso Antunes, Gilda Rizzo e Helena Nylse Cunha.
A educaçà £o tem por objetivo principal formar cidadãos críticos e
criativos com condições aptas para inventar e ser capazes de construir
cada vez mais novos conhecimentos. O processo de Ensino/Aprendizagem
está constantemente aprimorando seus métodos de ensino para a
melhoria da educação. O lúdico é um desses métodos que está sendo
trabalhado na prática pedagógica, contribuindo para o aprendizado do
alunado possibilitando ao educador o preparo de aulas dinâmicas fazendo
com que o aluno interaja mais em sala de aula, pois cresce a vontade de
aprender, seu interesse ao conteúdo aumenta e dessa maneira ele
realmente aprende o que foi proposto a ser ensinado, estimulando-o a ser
pensador, questionador e não um repetidor de informações.
È preciso ressaltar que o termo lúdico etimologicamente é derivado do
Latim “ludus” que significa jogo, divertir-se e que se refere à função
de brincar de forma livre e individual, de jogar utilizando regras
referind o-se a uma conduta social, da recreação, sendo ainda maior a
sua abrangência. Assim, pode-se dizer que o lúdico é como se fosse uma
parte inerente do ser humano, utilizado como recurso pedagógico em
várias áreas de estudo oportunizando a aprendizagem do indivíduo.
Dessa forma, percebem-se as diversas razões que levam os educadores a
trabalharem no âmbito escolar as atividades lúdicas.
Como vemos Gilda Rizzo (2001) diz o seguinte sobre o lúdico:
“… A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado
do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus
alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).
Diante de tal pensamento que a estudiosa coloca, observa-se que o
principal papel do educador é estimular o alunado à construção de novos
conhecimentos e através das atividades lúdicas o aluno acaba sendo
desafiado a produzir e oferecer soluções às situações-problemas impostas
pelo educado r. Pois o lúdico é um dos motivadores na percepção e na
construção de esquemas de raciocínio, além de ser uma forma de
aprendizagem diferenciada e significativa.
Convém ressaltar que o educador deve ter cuidado ao desenvolver
uma atividade trabalhando o lúdico, por ser uma tarefa dinâmica, o
professor fica na condição de estimulador, condutor e avaliador da
feitura da atividade, no entanto o educador é o elo entre o lúdico e os
alunos.
Da mesma forma deve ater-se na quantidade de atividades lúdicas, pois
utilizada exageradamente acabam tornando-se rotineira e
transformando-se numa aula tradicional.
Nylse Cunha (1994) acredita que a ludicidade oferece uma “situação de
aprendizagem delicada”, ou seja, que o professor precisa nutrir o
interesse do aluno, sendo capaz de respeitar o grau de desenvolvimento
das múltiplas inteligências do mesmo, do contrário a atividade lúdica
perde completamente sua riqueza e seu valor, além do mai s o professor
deve gostar de trabalhar esse novo método sendo motivador a fazer com
que os alunos gostem de aprender, pois se o educador não se entusiasmar
pelo que ensina o aluno não terá o interesse em aprender.
<p>Celso Antunes (2001) argumenta da seguinte forma: “Um
professor que adora o que faz, que se empolga com o que ensina, que se
mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta
seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes,
sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a
desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações
humanas, da turma…”(p.55).
A atividade lúdica mais trabalhada atualmente nas escolas pelos
professores é o jogo, principalmente nas salas de aula do ensino
fundamental por ter sua clientela na maioria das vezes formada por
crianças. Sendo importante dizer que a palavra “jogo” foi utilizada para
se referir ao “brincar” , se tratando de forma lúdica, levando em conta
que o indivíduo não apenas se diverte jogando, mas também aprende.
A palavra “jogo” etimologicamente origina-se do latim “iocus”, que significa brincadeira, divertimento.
Em alguns dicionários da Língua Portuguesa aparece com definição de “passatempo, atividade mental determinada por regras que definem ganhadores e perdedores”.
Em alguns dicionários da Língua Portuguesa aparece com definição de “passatempo, atividade mental determinada por regras que definem ganhadores e perdedores”.
Numa de suas palestras Airton Negrine (1997) cita o seguinte:
“… a palavra “jogo” apresenta significados distintos uma vez que pode
ser entendida desde os movimentos que a criança realiza nos primeiros
anos de vida agitando os objetos que estão ao seu alcance, até as
atividades mais ou menos complexas…” (p.44).
Pode-se dizer então que a palavra “jogo” apresenta significados
variados, desde uma brincadeira de criança com fins restritos em
diversão até as atividades mais complexas com intuito de adquirir novos
conhecimentos.
Gild a Rizzo (2001) diz que “os jogos, pelas suas qualidades
intrísecas de desafio à ação voluntária e consciente, devem estar,
obrigatoriamente, incluídos entre as inúmeras opções de trabalho
escolar.”
Pois o objetivo principal do jogo como atividade lúdica é
proporcionar ao indivíduo que está jogando, conhecimento de maneira
gratificante, espontânea e criativa não deixando de ser significativa
independente de quem o joga, deixando de lado os sistemas educacionais
extremamente rígidos.
Trabalhar com os jogos na sala de aula possibilita diversos objetivos, dentre eles, foram pontuados os seguintes:
- Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas;
- Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar ativamente;
- Enriquecer o relacionamento entre os alunos;
- Reforçar os conteúdos já aprendidos;
- Adquirir novas habilidades;
- Aprender a lidar com os resultados indepen dentemente do resultado;
- Aceitar regras;
- Respeitar essas regras;
- Fazer suas próprias descobertas por meio do brincar;
- Desenvolver e enriquecer sua personalidade tornando-o mais participativo e espontâneo perante os colegas de classe;
- Aumentar a interação e integração entre os participantes;
- Lidar com frustrações se portando de forma sensata;
- Proporcionar a autoconfiança e a concentração.
Nota-se também um entusiasmo maior sobre o conteúdo que está sendo
trabalhado por haver uma motivação dos educandos em expressar-se
livremente, de agir e interagir em sala de aula. Mas lembrando sempre
que os jogos devem está devidamente associado aos conteúdos e aos
objetivos dentro da aprendizagem, auxiliando a parte teórica, tornando o
ensino mais prazeroso apresentando opiniões para crescer ainda mais o
trabalho dos profissionais da área da educação.
Diante de tal objetivo, os jogos esco lhidos pelos educadores para
trabalhar precisam ser estudados intimamente e analisados rigorosamente
para serem de fato eficientes, porque os jogos que não são testados e
pesquisados não terão seu exato valor, tornado-se ineficazes,
obviamente, uma atividade lúdica nunca deve ser aplicada sem que
tenha um benefício educativo. O professor pode criar seus próprios
jogos, a partir dos materiais disponíveis na instituição de ensino em
que leciona ou até mesmo na sala de aula, porém precisa atentar para a
forma de como serão trabalhados, não esquecendo os objetivos e o
conteúdo a ser desenvolvido. O educador precisa ter muito mais força de
vontade, criatividade, disponibilidade, seriedade, competência que
dinheiro para construir um jogo.
Celso Antunes (2003) cita o seguinte sobre o jogo:
“O jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências,
permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a
viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem
limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter
seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se
com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real”.
De acordo com Celso Antunes, pode-se afirmar que a ludicidade do jogo
proporciona momentos mágicos e únicos na vida de um indivíduo, pois no
mesmo instante que diverte, ensina e desenvolve o raciocínio e a
criatividade além de obter responsabilidade diante da situação colocada a
ele.
Diante de tudo que fora mencionado, pode-se dizer sem sombra de
dúvida que o lúdico é importante sim para uma melhoria na educação e no
andamento das aulas, provocando uma aprendizagem significativa que
ocorre gradativamente e inconscientemente de forma natural, tornando-se
um grande aliado aos professores na caminhada para bons resultados.
E que é dever do professor mudar os padrões de conduta em r elação
aos alunos, deixando de lado os métodos e técnicas tradicionais
acreditando que o lúdico é eficaz como estratégia do desenvolvimento na
sala de aula.
Espera-se que esta proposta de abordagem vá de encontro com o que foi proposto realizar, e
essencialmente, que seja de suporte para professores que já atuam no ambiente escolar, e aos futuros professores a tornar suas aulas mais dinâmicas fazendo com que a sala de aula se transforme num lugar prazeroso, construindo a integração entre todos que a frequentam.
essencialmente, que seja de suporte para professores que já atuam no ambiente escolar, e aos futuros professores a tornar suas aulas mais dinâmicas fazendo com que a sala de aula se transforme num lugar prazeroso, construindo a integração entre todos que a frequentam.
Monalisa Lisboa
Associação Brasileira de Brinquedotecas - 2013
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