A ovelha negra
Escrito por Bernardo Aibê e Ilustrado por Mariana Massarani - Ed. Mercuryo Jovem
O livro conta a história de uma
ovelha que não gostava de ser negra. Queria ser igual às outras que eram
brancas e com isso, sofria. Vivia triste. Embora não fosse desprezada
pelas demais, sentia-se mal por se sentir e ser vista como diferente. A
ovelha passa por um processo de conscientização e descobre que pode e
deve ser feliz sendo uma ovelha negra. Ela passa a gostar de si mesma ao
perceber que não precisa ser igual às outras para ser feliz.
Assim
como a história fala de uma ovelha, não se difere de tantas pessoas
que, devido aos padrões de beleza estabelecidos, acabam por se sentirem
mal por sua pele negra. O desejo de embranquecer passa a ser um ideal da
sociedade e de si. E para quê? Quantas e quantos alunas e alunos não
temos em nossa sala de aula como a "ovelha negra" desta história?
Escritro por Rogério Andrade Barbosa e ilustrrado por Maurício Veneza - Ed. Paulinas
Outros contos africanos para crianças brasileiras
Escritro por Rogério Andrade Barbosa e ilustrrado por Maurício Veneza - Ed. Paulinas
O livro traz duas fábulas: a primeiro
tenta explicar o por que de as galinhas d'angola terem pintas brancas. A
segunda, sobre o motivos pelo qual os porcos têm fucinho curto. Uma
das histórias fala sobre uma premiação por um esforço que ajudaria a
todos da localidade. A outra fala sobre inveja,enganação e inocência.
Para
quem gosta de oferecer outras linguagens acompanhadas das histórias,
uma sugestão é após ou antes da história da galinha, ouvir, cantar e
brincar com a música: "A galinha d'angola" de Vinícius de Moraes e
Toquinho. E por que não também modelar galinhas d'angola ou usar outras
técnicas como pintura ou colagem?
Em
relação às ilustrações, considero-as indescritíveis. Elas conseguem
traduzir boa parte da emoção que estes contos nos trazem. Além disso,
detalhes dos cabelos ou até mesmo a ausência deles, roupas, ornamentos
nos conduzem ao continente africano e suas tradições.
Ao final de cada fábula ou conto encontramos um pequeno texto informativo sobre característica do local onde ocorre a narrativa ou da personagem principal (animal ou gente). Com isso, além de podermos conhecer histórias da tradição oral, aprendemos um pouco mais sobre animais nativos e histórias locais e costumes e tradições de alguns povos.
Histórias da Preta
Escrito por Heloísa Pires de Lima e ilustrado por Laurabeatriz - Ed. Companhia da Letrinhas
Através deste livro é possível
conhecer muito sobre África: História, culturas e religião de matriz
africana contado pelo olhar crítico e questionador da personagem que da
nome ao livro. No decorrer da história vemos que a menina questionoa
também sobre o que é ser negro, o que o termo carrega de identificações
negativas que podem levar a negação do ser negro. Paralelo a isto a
personagem nos mostra o quanto é importante e significativo conhecer
sobre a ascendência negra para a formação de uma identidade negra
positiva. Quantos e quantas meninos e meninas não se idenficarão com a
"Preta" e seus questionamentos?
Há muitas histórias dentro desta narrativa com riquezas de informações. As ilustrações trazem também contribuições significativas.
Como o texto pode ser considerado grande, uma sugestão é ler a história em capítulos. Vira uma "novela" com muita aprendizagem.
Há muitas histórias dentro desta narrativa com riquezas de informações. As ilustrações trazem também contribuições significativas.
Como o texto pode ser considerado grande, uma sugestão é ler a história em capítulos. Vira uma "novela" com muita aprendizagem.
ABC do continente africano
Como
o próprio título sugere, o livro passeia pelo continente africano com
sua diversidade e seus contrastes através das 26 letras do alfabeto.
Para cada letra uma palavra. Algumas nos parecem tão simples, como a
palavra mercado, mas que o autor de forma até poética e a ilustradora
com certa riqueza em alguns detalhes, conseguem nos mostrar a
importância e a movimentação existente no mercado como parte da cultura
de povos africanos.
Encontramos então palavras que nos são familiares como HISTÓRIAS e outras nem tanto como: KALAHARI.
É ler e conhecer um pouquinho deste continente com o qual muito podemos aprender.
Um safári na Tanzânia
Escrito por Laurie Krebs e ilustrado por Julia Cairns - Ed. SM
Através do livro fazemos uma viagem com crianças Massai pelas savanas da Tanzânia.
As
crianças de Educação Infantil se encantam e se sentem instigadas a
descobrir o quantitativo de cada animal em seu habitat contando ou pelas
rimas que o texto também apresenta.
Em
cada página, ao lado do numeral que representa a quantidade de animais
que foram contados por cada criança da história está escrito o nome
deste numeral na língua kswahili.
As ilustrações retratam os tipos e cores de trajes e ornamentos tradicionais do povo Massai.
Ao
final do livro encontramos pequenos textos que falam sobre: algumas
características dos dez (kumi) animais que aparecem durante o safári;
nomes das crianças que aparecem no texto e seus significados;
caracterísscas e um pouco da história da Tanzânia e os numerais com as
palavras em kswahili e em português.
Este é o tipo do livro que os pequenos, ao final, costumam dizer: "Conta de novo!"
Tequinho, o menino do samba
Escrito por Neusa Rodrigues e Alex Oliveira e ilustrado por Mello Menezes - Ed. Rovelle
O livro conta a história de um menino
que nasce e mora numa comunidade onde o samba faz parte da vida e das
histórias do lugar. É um menino toca na bateria e tem sonhos grandiosos
para a escola de samba que faz parte da sua vida.
A tradição de
contar histórias oralmente está presente no livro, pois a avó conta e
reconta as histórias da escola de samba da comunidade para que faça
parte da memória do grupo favorece também o sentimento de pertença.
O
livro mostra alguns valores civilizatórios africanos como: memória,
ludicidade, comunitarismo e oralidade. As ilustrações evidenciam ainda
um outro valor civilizatório: a circularidade.
Ao
final do livro encontramos um glossário que conta um pouco da história
e/ou explica sobre palavras que estão ligadas ao Carnaval.
Quantos "Tequinhos" e "Tequinhas" será que temos em sala de aula e muitas vezes não nos damos conta da existência e das histórias deles e delas?
Quantos "Tequinhos" e "Tequinhas" será que temos em sala de aula e muitas vezes não nos damos conta da existência e das histórias deles e delas?
Ulomma - A casa da beleza e outros contos e Contos da Lua e a Beleza Perdida
Os
dois livros trazem contos tradicionais africanos. Embora tenha contos
com animas, incluindo uma versão da história da tartaruga que vai à uma
festa no céu, a maioria conta histórias de gente. As narrativas falam
de diversas formas de amor e todas com muito encantamento. Há canções
mágicas, estrelas cadentes, bruxas, fadas, animais com poderes mágicos
etc... Temas como inveja e orgulho também estão muito presentes. São
histórias para serem contadas e recontadas como os que são considerados
como Contos Clássicos da literatura infanto-juvenil.
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Erinlé, o caçador e outros contos africanos e O papagaio que não gostava de mentiras e outras fábulas africanas
Escritos por Adilson Martins e ilustrados por Luciana Justiniani Hees - Ed. Pallas
São
dois livros de contos e fábulas africanas que trazem temas universais,
mas da forma como são contadas em alguns países africanos. São contos e
fábulas que falam sobre a mentira, a inveja, a esperteza etc... São
histórias que procuram explicar origens de algumas coisas, outras que
procuram trazer alguma forma de ensinamento. As personagens, animais e
ambientação nos reportam ao berço da humanidade. Ao final de cada fábula ou conto encontramos um pequeno texto informativo sobre característica do local onde ocorre a narrativa ou da personagem principal (animal ou gente). Com isso, além de podermos conhecer histórias da tradição oral, aprendemos um pouco mais sobre animais nativos e histórias locais e costumes e tradições de alguns povos.
Contos africanos para crianças brasileiras
Escrito por Rogério Andrade Barbosa e ilustrado por Maurício Veneza Ed. Paulinas
São histórias com temas muito populares e conhecidos, mas com as características do lugar de onde foram recolhidas.
Uma
tenta explicar por que gato e rato se tornaram inimigos. A segunda,
ainda mais conhecida, procura explicar a causa do casco rachado dos
jabutis.
As duas histórias costumam encantar não só crianças como jovens e adultos.
Quem
tiver a cesso ao DVDescola que foi distribuído pelo MEC a várias
escolas, poderá além do livro, mostrar também a primeira história
intitulada: "Amigos, mas não para sempre" em DVD, pois esta história faz
parte do programa Livros Animados do Canal Futura.
É uma ótima experiência ler a história para os alunos e mostrá-la na telinha.Kofi e o menino de fogo
Escrito por Nei Lopes e ilustrado por Hélène Moreau - Editora Pallas
Neste livro, Jamela apronta mais uma das suas. Ela transforma seu
sapato novo, que ganhou da mãe como presente de aniversário, e que
serviria tanto para passear quanto para ir à escola, no sapato de
princesa que desejava ter. A mãe fica uma fera, pois não tem dinheiro
para comprar outro sapato para a escola.
Mas nem tudo foi perdido. A criatividade da menina acabou sendo reconhecida e foi possível contornar a situação e obter um sucesso inesperado.
A família de Jamela é constituída, basicamente, por duas mulheres: mãe e avó, o que não difere muito da constituição de muitas famílias na atualidade.
A
história se passa em Gana e o autor nos mostra algumas tradições
comuns ao povo de Gana e também de diferentes povos africanos como: a
forma de escolher o nome para uma criança e o respeito aos mais velhos.
Através da narrativa, o autor fala de modos de vida em uma aldeia
africana e alguns fatos históricos procurando fazer uma relação entre
África e Brasil, situando o leitor no tempo.
O tema principal é a
imagem prévia que se faz do outro, constituindo-se num preconceito, ou
seja, um conceito antecipado sobre algo ou alguém.
Kofi, o protagonista que dá nome
ao livro nunca tinha visto pessoas não negras, mas sabia que existiam e
começa a imaginá-los de acordo com o que ouve falar. Um dia, visitantes
estrangeiros chegam à aldeia e há o encontro entre Kofi e uma outra
criança não negra que também tinha conceitos formados sobre as pessoas
negras.
No encontro as expectativas, os conceitos são postos à prova.
O autor enfatiza a importância de se conhecer pessoas indo para além das aparências e das diferenças.
O livro traz, ao final, um pouco sobre a história de Gana e
algumas características do lugar como: economia, vestuário, alimentação
etc...No encontro as expectativas, os conceitos são postos à prova.
O autor enfatiza a importância de se conhecer pessoas indo para além das aparências e das diferenças.
Feliz Aniversário, Jamela!
Mas nem tudo foi perdido. A criatividade da menina acabou sendo reconhecida e foi possível contornar a situação e obter um sucesso inesperado.
A família de Jamela é constituída, basicamente, por duas mulheres: mãe e avó, o que não difere muito da constituição de muitas famílias na atualidade.
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